Aos cinco anos fui ao cinema com minhas tia
e prima assistir ao clássico da Disney “A Bela e a Fera”. Vinte anos depois,
voltei à poltrona – agora mais confortável – diante da grande tela e desta vez
acompanhado apenas de um grande copo de refrigerante para assistir à animação
relançada em 3D. Qual a diferença entre as experiências? A profundidade com que
vi o filme. E o efeito não se deu apenas pelos óculos de plástico.
Na exibição quando criança, captei a
mensagem óbvia: “não se deixe levar pelas aparências”. Passadas mais de duas
décadas, notei o quanto esse clássico é atemporal. A camponesa Bela não se
encaixa em seu vilarejo. As pessoas a rejeitam por ela ser diferente do senso
comum. Os homens acreditam que livros não fazem bem às mulheres, afinal, “logo
elas começam a ler e ter ideias”, como diz o parrudo, Gaston.
Assistir ao longa exibido em camadas foi
bem mais interessante. E assim acontece com a vida quando vista em
profundidade.
Antes mesmo de a sessão começar, um colega
ligou me convidando para jantar e eu disse que iria ao cinema. “Mas você vai
sozinho?!”, incrédulo do outro lado. “Sim. É um dos programas que mais gosto,
mesmo estando em um namoro”, respondi. “Ah, não, eu não consigo”. Que pena.
Já fui do tipo de achar que tudo tem que
ser feito junto em um relacionamento. Águas passadas. O individualismo é
saudável na relação a dois, porém, quase sempre mal visto por casais do tipo
que colocam no Facebook, de dois em dois minutos, duas fotos com os dois em
duas festas nos dois dias do fim de semana. Isso é falta dos belos óculos de
terceira dimensão.
Uma amiga passou horas desabafando o fim de
relacionamento comigo. Em uma confusão de sentimentos, ela não consegue
entender o fato de o cara ter perdido o desejo por ela. Coloca a culpa em si
mesma. Depois joga no colo dele. Uma bagunça. Diz que ainda não acredita no que
ocorreu na manhã do término. Mas na verdade a relação já vinha manca das pernas
há meses e, contando com a honestidade de ambos, pode ter simplesmente acabado.
Ninguém é culpado. Todos nós estamos expostos a isso.
No trabalho, outra amiga disse que não
aguenta mais os “homens de Ribeirão Preto”. Cansada das mesmas falta de
iniciativa e bom papo, baladas e pessoas, acredita que O Cara para ela não está
na cidade de onde o autor desta crônica vos escreve. Depois de uma conversa, a
linda chegou à conclusão de que talvez variar um pouco o “nicho” – entenda
círculo de amigos – ajude.
Nesses e em outros casos, o melhor a fazer
é olhar para a situação em diferentes camadas para tentar compreender o todo.
Comentários
Fuckin' great, o seu texto!
Forte abraço, meu querido!
Não abra mão de você. Never!
Trocaremos figurinhas sempre.
Um beijJjo.
VJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJ
Xico Sá de Ribeirão Preto?!
UAU, Lê!
Thanks, lindão.
#lisonjeado
http://www.luceliamuniz.blogspot.com/
Por favor, volte sempre que quiser e fique à vontade!
Abração e não esqueça de atrasar o relógio em uma hora hoje! Hehehe
Beijos, Tinky =)
Sábias Palavras.
Beijas,
OBRIGADO demais pelos comentários e visita ao VJ!
Por favor, fique sempre muito à vontade para trocarmos ideias.
Um beijão e boa semana.