
Cheguei
a gargalhar em algumas cenas do filme que lotou as salas mundo afora. A trama: um
cara encontra uma foto no meio da guerra, decide descobrir quem é a loira
gostosinha e a encontra; ela tem um filho, ele se torna o melhor amigo do
pirralho em uma semana; ela mora com a mãe, ele conquista a “véia” com seu
jeito irritantemente prestativo; ela tem um ex-marido mala e violento –
diferente do guerrilheiro –, e ele? Coloca o cara pra correr, claro.
Desafio
do Virando Jornalista para este Dia dos Namorados: encontre um cara assim. Este
é o lance que comentei: mulheres à procura de homens que não existem. Nicholas Sparks,
seu... !
Ceticismo
a parte, se tirar a guerra, o Zac Efron – ator que interpreta “o cara” no filme
– e entender que todas aquelas qualidades nunca estarão reunidas em uma única
pessoa, você pode, sim, ter seu romance publicado. Mas mão pelo sr. Sparks, que
precisa de mais, muito mais, em suas histórias.
Convidado
para um vinho no apartamento de um amigo, de um lado do balcão: Matheus Farizatto,
analisando friamente os prós e os contras de seu recente término de
relacionamento; e do outro, um homem com brilho nos olhos e sorriso sem graça
ao comentar que estava se apaixonando.
Paralelo
ao vinho e bom queijo servidos ali, um ônibus vinha de outra cidade trazendo a
nova paixão sobre a qual eu ouvia. A pessoa viria passar o fim de semana com
meu amigo.
Certa
vez, fiz isso. Entrei em um intermunicipal rumo a um fim de semana com minha
então nova paixão. O restultado não foi brilho nos olhos e sorriso sem graça ao
comentar sobre mim. Ouvi que não poderia ter feito aquilo, que “se falei que
era melhor você não vir é porque não era pra ter vindo”. Pois é. Mas o caso foi
que seu ex-namorado havia ficado de lhe fazer uma visita, por isso eu não era tão “bem-vindo”
naquele dia. Oremos.
Neste
Dia dos Namorados, quebre o protocolo. Se a pessoa for louca por você, não
precisa seguir algum dos roteiros de Nicholas Sparks para arrancar-lhe um
sorriso espontâneo daquele que vale mais que um dito “eu te amo”. Cinema,
jantar e motel são válidos para a data, mas melhor ainda é aferir a temperatura
de sua paxião com situações não planejadas.
Quando
foi a última vez que vocês deram um beijo que não fosse de “oi” ou “tchau”;
aquele beijão, que deve acontecer também fora das preliminares, na surpresa,
enquanto um recolhe a roupa do varal, por exemplo?
Diga
que ama, mas faça também aquela ligação fora do horário que costumam conversar
todos os dias.
Compre
o presente que a pessoa tanto quer, mas lembre daquela sobremesa que ela adora
quando estiver passando em frente a uma padaria. Chame um mototáxi e mande
entregar uma dessas no trabalho do seu amor.
E
sempre esteja disposto a entrar em um ônobus intermunicipal para encontrar a
pessoa que ama. Faça isso com o mesmo amor, caso seja você quem irá recebê-la.
Mostre que ama. Faça do seu relacionamento o filme mais realista e encantador,
escrito para uma plateia de apenas duas pessoas. Feliz Dia dos Namorados.
Comentários
kkkkkkkkkkkkkkkkk (amei este "oremos").
Você tá ficando igual ao vinho mesmo, amadinho: cada vez melhor. Com força.
Parabéns Matheus pelo belo trabalho que faz aqui no blog... seus textos são ótimos.
Sou do tipo que PAGA MESMO pra ver.
Bjos
VJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJ
OBRIGADO, J.H.!
Oremos todos hehehe.
VJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJVJ
Hehehe, obrigado, Debby's!
LUXO é você!
Um ótimo fim de semana pra você também. Bjo