Paixão e opção




Apaixonar-se é uma questão de estar disposto ou algo que simplesmente acontece sem termos controle algum? Eu fico com a primeira teoria.

Sou louco pelo mundo fantástico de Walt Disney, mas, quando o assunto é o que eu deixo ou não acontecer com meus sentimentos, sou um tanto Wall Street.

Para mim só se apaixona quem está, no mínimo, aberto a isso. Das conversas de bar ao café no trabalho até as ferramentas digitais, lancei a pergunta.

No Instagram, usei da fofa possibilidade de enquete em um story. O resultado me impressionou demais: meio a meio. 50% disseram que se apaixonar está relacionado à predisposição e a outra metade acredita que é algo que não temos controle. Ao ver quem respondeu o que, deu de tudo. Casados, namorados e solteiros nos dois lados do muro.

Por quê?

Eu arrisco dizer que está diretamente relacionado às experiências que tivemos e, principalmente, ao momento de vida em que estamos.

Me explico.

Se nos relacionamentos anteriores nos apaixonamos acreditando que simplesmente aconteceu, vamos afirmar que assim será todas as vezes. Isso independentemente de estar em uma relação ou não neste momento. Para quem não está, esses solteiros garantem que apaixonar-se é algo sem controle. Mas o ponto é: algum deles é capaz de jurar que não gostaria de estar apaixonado? Ou seja, predisposição.

O tira-a-teima vem com quem está solteiro e, definitivamente, não está afim de se ver apaixonado. #NãoQuero #NãoPosso. Essa racionalização dificulta a abertura para que algo aconteça, mesmo ao conhecermos um perfil sensacional em educação, inteligência, humor, beleza, companheirismo, maturidade e quentura no sexo.

Um colega respondeu à pergunta com um excelente exemplo: “Se sou gay e tenho um conhecido hétero que me chama atenção, imediatamente sei que eu jamais poderia me apaixonar por ele pois sei que não vai dar em nada”.

Bang!

Se alguém está em um relacionamento e então se apaixona por outra pessoa: inocente ou culpado?

Para avaliação do júri: este ser não poderia fazer nada para evitar cair de joelhos por outro (portanto, inocente, sem controle) ou vive um relacionamento enquanto fica de olho em como seria a vida com outra pessoa, imaginando uma nova experiência (culpado, predisposto)?

A discussão renderia mais de mil textos. 

O que digo é que posso falar por mim que, aos poucos, saio do “Não quero” e “Não posso” me apaixonar para um controlável e previsível “Talvez eu queira” e “Quem sabe eu permita” desde que nada deixe de ser uma questão de opção: a minha, inclusive neste Dia dos Namorados. Feliz escolha para alguns. Feliz descontrole para outros. 


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