Não nos tornaríamos alguém diferente do que seríamos, se não sonhássemos. Assim eu defino a
mensagem do filme “O Rei do Show”. Meu musical favorito. Assisti duas vezes no cinema, três em DVD. Ouço a trilha toda semana.
Penso
em escrever sobre o musical circense desde o dia 27 de dezembro de 2017 quando o
assisti no cinema pela primeira vez, na noite do meu aniversário de 31 anos. O programinha salvou
a minha data que, até então, não estava nada especial por conta do desarranjo intestinal
mais louco que já tive e um cenário na vida pessoal que não me entusiasmava.
A
experiência foi mágica. Foi mesmo. Não no sentido clichê, mas na sensação que eu tinha em
cada cena, as cores, os elementos tão simples de um circo e a vida no século 18,
com tecnologia na dose certa para não estragar essa simplicidade junto ao nó na garganta pela emoção
em cada número musical. A condição de cada personagem mexia comigo. A história,
a dificuldade e o sonho de cada um deles.
O
transbordar para este texto finalmente sair são dois. Primeiro que as músicas
do filme estão sendo relançadas em novas versões, gravadas por cantores famosos
como Pink e Kelly Clarkson em um álbum chamado “The Greatest Showman Reimagined”.
Em
segundo, o reencontro que estou vivendo comigo, me lembrando de quem eu fui e
quem, finalmente, eu me tornei. Um Matheus que eu só imaginava em sonhos. E aqui
estou.
O que a vida impõe para a gente e o que realmente está em nossas mãos?
No
filme, o filho de um humilde alfaiate cria coisas a partir do pouco, sonha com
a casa cheia de coisas que colecionou por suas histórias, sonha com a vida que gostaria de ter, sempre certo de quem ele vai trabalhar para ser.
O protagonista interpretado por Hugh Jackman não se limita ao que supostamente ele
estaria predestinado a ser e se torna um grande homem do entretenimento, sendo
bem sucedido financeira e emocionalmente.
O
filme “O Rei do Show” se baseia na vida de Phineas Taylor Barnum, um showman e
empresário norte-americano, lembrado principalmente por
fundar o circo de aberrações que viria a se tornar o Ringling Bros. and Barnum
& Bailey Circus. O cara sempre será uma referência criativa para o
marketing.
Além
da trama principal, as pequenas histórias dentro dela cravam a diversidade – a
música “This is Me” é simplesmente perfeita – e a quebra de paradigmas – o romance entre os personagem de Zac Efron e Zendaya é um charme.
Entre
os números musicais está o de menor produção e que me provoca maior
identificação: “Never Enough”.
A
música e a cena são perfeitas para essa pessoa aqui, que passou muito tempo se
culpando por querer sempre mais e que agora entende que, graças a isso, eu me
tornei quem eu sou e vou ainda mais longe, pois me lembrei da importância de manter
a magia, de ser feliz com o suficiente, mas sempre se reinventar e, acima de tudo, nunca deixar de sonhar.
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