Quantos amores são possíveis
viver em uma vida? Eu não sei. Mas, com o tempo, eu aprendi que as
possibilidades disso se renovam para nos trazer uma nova chance, ainda melhor,
de aprendermos e nos realizamos em um relacionamento. Para amar com tudo o que a
vida a dois nos oferece, é preciso saber e praticar algumas coisas desde o
começo.
Desde o começo, conte a sua
história, comente suas experiências, mas, mais do que isso, abra o seu ouvido e
seu coração para receber o que ele tem a dizer, viver um pouco do que ele
viveu. A cada pausa que ele fizer, tente não encaixar mais um caso seu e sim
perguntar algo novo sobre o que ele disse.
É assim que se descobre quem
é o outro. Se fizer isso desde o começo, esse conhecimento vai te levar a
surpreendê-lo com um presente ou uma atitude sem data comemorativa, sem
cerimônias.
Desde o começo, esteja
aberto para os gostos dele se tornarem, no mínimo, um conhecimento seu. Tudo
pode ser aprendizado e delicioso.
Para mim, desde o começo, é
importante se dedicar. O presente pode não ter grande valor financeiro, mas
capriche na caixa, no laço ou em um simples cartão. Mas desde o começo,
escreva-o à mão e com certa inspiração, nada de fazer no batidão.
Desde o começo, mais
importante que compartilhar os seus sonhos de vida, é estar aberto para tudo o
que vocês podem começar a sonhar juntos. São sonhos que você pode nunca ter
tido – e nem mesmo ele – mas que aos poucos ganham cores enquanto se olham e
dormem lado a lado.
Eu descobri que, desde o
começo, quando dizemos que queremos ter alguém, na verdade, é importante sentir
que queremos amar.
Ama aquele que não define,
escolhe, projeta. Desde o começo, amar é receber, retribuir, é, muitas vezes,
não ouvir. Há tanta gente em volta, amigos, familiares, pretendentes,
aplicativos... Muitas vezes, um bando de indecisos. Perdidos. Não sabem sequer
o que seria bom para eles, imagina dizer o que é gostoso para você. Por isso,
saiba que, desde o começo, estar com alguém é estar a dois. Ninguém mais.
Desde o começo, por favor,
se respeite, mas, tão importante quanto isso, eu descobri que é, sim, respeitar
o outro. Sem primeiro ou segundo lugar. Sem pódio. Se coloquem no mesmo degrau.
Subam e desçam juntos.
É difícil. Nosso ego grita! Desde
o começo, não esqueça: é preciso respeitar genuinamente o outro. Requer disciplina,
admiração máxima, um amor puro. Só assim não se chama o outro de burro, de
incompetente, sem noção, louco e por aí vai. São pequenos desrespeitos que
mudam o nosso jeito de ter este alguém conosco. Desde o começo, mais que dizer
ofensas, evite críticas que não constroem. Afinal, se for para competir, mais
do que estar aberto a alguém, seria melhor você ficar na disputa por likes em
aplicativos de relacionamentos e redes sociais desde o começo.
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