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Alguns
relacionamentos podem realmente funcionar como purgatórios para aprendermos aquilo
que precisamos para então sermos julgados e termos uma nova oportunidade? |
Na maior vibe do espiritismo vintage, o
canal Viva revive o folhetim “A Viagem”. Com direito a anúncio de meia página
nos jornais de 2014, a novela de 1994 retorna – outra vez – com Antônio
Fagundes numa apresentação com menos bolsas debaixo dos olhos.
A versão de canal pago do Vale a Pena (Re)V(iv)er
de Novo me fez pensar sobre relacionamentos que desencarnam de nossas vidas e
como eles – você acreditando ou não – vez e outra trazem de volta coisas que de
repente não valem a pena ver mais. Ou valem?
Sentimentos reencarnam? Se estamos aqui
para aprendermos com nossos erros, pode ser que cada namoro seja uma encarnação,
uma nova vida, que nos faz pagar para aprender ou nos recompensar em uma
próxima “chance”. É possível que defeitos e qualidades reencarnem no próximo
namoro? Tudo pela evolução da espécie.
São relacionamentos que com o tempo não se
comparam e pessoas completamente diferentes que te oferecem vidas paralelas que
parecem ser separadas por um infinito esquecimento. Um sono eterno até a
reencarnação. Ao abrir os olhos na próxima vez, é possível ouvir frases
formuladas exatamente como você ouviu antes pela boca de outra pessoa, o ex? O
que me diz de receber de volta aquele comportamento que você sempre plantou
para colher e então presenciá-lo como você sempre esperou em detalhes? Seriam
frases psicografadas pelo novo parceiro? Caso de possessão?
Eu percebo tão claramente algumas dessas
situações que é como se eu realmente lembrasse como se fosse hoje pela manhã a
minha “vida” anterior. Consigo sentir as alegrias esperadas e a tristeza
passada.
No esquema “aqui se faz, aqui se paga”, se
tratando de relacionamento, é preciso esperar outra “vida” para colhermos o que
plantamos e aprendermos algo? Alguns relacionamentos podem realmente funcionar
como purgatórios para aprendermos aquilo que precisamos para então sermos
julgados e termos uma nova oportunidade?
Há muito tempo, eu abandonei e me fechei.
Fingi. Não acompanhei. Disse “vá você”. Nunca fui.
Há algum tempo eu quis companhia. Pedi
tanto. “Vá você”. Fui sozinho. Ainda assim ofereci. E ofereci outra vez.
Desencarnei.
Há pouco tempo, ouvi as mesmas palavras que
no passado eu disse ao acusar alguém de egoísmo. Foram exatamente as mesmas.
Dessa vez, apontadas para mim. Neste mesmo tempo, recebi as surpresas mais
inimagináveis e ao mesmo tempo esperadas que eu sempre fiz questão de oferecer.
Ouvi, sem nunca ter pedido, o que um dia eu disse como prova de companheirismo.
Não há idade e aparência. Como se mede o
amadurecimento de um sentimento? Esse é como o espírito de um ancião que também
habita o corpo jovem. Reencarnacionamentos existem. E quem não acredita para
vivê-los com consciência de seu comportamento passará a eternidade se revirando
no umbral.
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Comentários
Olha, eu creio que numa vida anterior eu fui muito...muito má, fui mau caráter, do ponto de vista moral e afetivo. E fui com meu ex-marido, devo tê-lo feito um mal enorme, um atraso milenar na felicidade dele. Logo, ele atrasou a minha felicidade. Mas claro: com minha permissão.
Agora é lidar com os prejuízos e chorar na cama, que é lugar quente. Ou no sofá, vendo um filme de amor, numa noite de sábado. Mas o bom da coisa é que tudo isso vai virar poeira cósmica...nada é eterno.
Adorei a temática, amore. Beijim.
O lance que coloquei é como, numa mesma vida, sentimentos e situações que vivemos com nossos ex namorados reencarnam algumas vezes nos atuais como forma de nos fazer evoluir.
Um beijo, Mary. ThankU.