O grande
segredo de um relacionamento é mudar junto com ele. Se concordarmos que a
relação envolve mais de uma pessoa e que as pessoas mudam com o tempo, foi
lançado o desafio.
Namoros,
casamentos, familiares, amigos. Com o passar dos anos as diferenças gritam ou
as afinidades cantam.
Eu
conheci Juliana Matthes, jornalista e então colega de trabalho, em 2011. A
menina de 24 anos não falava nem palavrão – há época, isso é importante deixar
claro.
De colega
de escritório durante as quase dez horas juntos de segunda a sexta, a Ju passou
a ser chamada por mim de Sis. Abreviação de Sister, irmã, do qual também passei
a ser chamado carinhosamente por ela.
O carinho
virou amor. Sim, Sis. Sim, todo dia. Sim, para a vida inteira.
Ousado afirmar
esse “vida inteira”. Primeiro porque meu “inteira” ou a “inteira” dela pode
acabar daqui a pouco. Segundo porque, como eu disse, as pessoas mudam e nem
sempre no mesmo compasso.
Eu afirmo,
Sim, Sis, que essa nossa cumplicidade se estenderá ao longo dos anos porque já
tivemos muito mais que três meses de experiência, nove para parir e talvez
pouco mais de 39 situações em que descordamos. O respeito e a admiração sempre
prevaleceram - Ootros dois ingredientes nada mágicos para a duração de um
relacionamento.
A Ju Matthes
– coloquei na terceira pessoa porque meu papo agora é com quem não a conhece –
é o ser humano mais aberto que eu já conheci. A mais espontânea,
definitivamente. Essas são as duas principais características que mais me
encantam nesta aniversariante de hoje.
Ela dança
como se só ela estivesse na balada – ou mesmo na praia embaixo do guarda-sol.
Ela come o combo lanche + coca + bata com cheddar e bacon + sorvete como se o
Mc Donalds fosse falir na briga contra o Burger King.
Fala o
que pensa em uma sequência de dois mil e dezenove stories. Se maquia e penteia
como nenhuma artista da Globo faria sem a ajuda de uma equipe de dez pessoas.
Apresenta um programa de TV e, se precisar, sobe na cadeira e troca as lâmpadas
do estúdio.
Sim, Sis,
Simplicidade. É mais uma qualidade dessa fabulosa que pode usar onça com jeans
com rabinho de lado na cabeça e será vista com brilho porque ela não depende do
que veste para acender onde chega.
Desperta
inveja? Muita. É insegura? Já foi mais – por mais difícil que seja eu acreditar
nisso. Já ouvi mulher criticar por trás, mas, na minha frente, Ju Matthes jamais
criticou alguma delas. Pelo o contrário, se o papo for valorização da mulher e
união para se ajudarem, ela puxa a fila. Sim, Sis, Super você.
A menina que
chorava pelos cantos quando alguém falava mais grosso, agora se coloca e diz o
que pensa. Nada de prepotência ou rispidez. Sim, Sis, Sua elegância até nisso.
Em meio à
uma viagem de trabalho, ouviu ao telefone que seu pai havia infartado e
morrido. Sinceramente, se o Mc Donalds retirasse o Mc Flurry do cardápio,
TALVEZ, a Ju faria algum drama, mas não o fez com a morte do pai com quem sempre
foi muito ligada.
Chorou.
Esperneou. Chegou fedendo no velório. Lavou a alma. E hoje rimos de tudo isso
porque, Sim, Sis, Senso de humor com sua risada que parece choro, reina!
Em vez de
vitimização, ela transformou o poço que seriam os meses seguintes em escada que
a colocou em um degrau de amadurecimento absurdo. Sua clareza é tanta que chega
a reconhecer que, se não fosse a sua perda, ela poderia nunca ter deixado de
ser a “protegida do papai”. Sim, Sis, hoje, se precisar, é você quem protege a
gente e sua mãe.
Nosso
amor de Sisters, Seguirá, Sim. Bota S aí porque eu Sei!
Te admiro,
te respeito, te confidencio, te chamo atenção e verdadeiramente te ouço, te observo
e aprendo o tempo todo com você. Porque eu só faço o mínimo do que você oferece
a mim e a quem você também diz que Sim em Sua vida, minha Sis.
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Primeiro post de aniversário, em 2013, porque eu não tinha rede social até aquele ano (risos) |
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