É novembro e enquanto o ano termina, começam os excessos de compromissos.
Neste fim de semana sequenciado por um feriado, comemoramos os 59 anos do meu pai com uma bela chopada em família ao mesmo tempo que fiz questão de tirar um tempo para curtir a minha própria companhia (cempry).
Em algum outro texto já comentei como acho importante parar por um momento e olhar para o nada. Ao menos uma vez ao dia. Deitar na cama e flertar com o ventilador de teto em movimento. Simplesmente não pensar nem dormir. Estar. Ficar. Se sentir.
No tempo off por esses dias de celebração e contemplação, o WhatsApp agora reúne algumas notificações não lidas, especialmente as de contatos de trabalho.
Desde a primeira conversa com meus clientes, eu digo que é importante mandarem mensagens sempre que quiserem e puderem (a falta de tempo pouco a pouco adoece muito a muitos), que barrar isso, colocando dias e horários para acontecer, é engessar uma troca fluida, aberta e que estimula a criatividade em nosso trabalho juntos. Do lá de cá, faço o mesmo, sem precisar de um telefone pessoal e outro profissional para ajustarmos isso. Somos todos pessoas - o tempo todo - sem aquela tosquice dos Érre A-Gás cada vez mais Gagás sobre pessoas física e jurídica, “a cadeira”, “o crachá”.
Aqui está mais um ponto sobre a importância de nos silenciarmos: a gente conhecer a si mesmo a ponto de ter essa troca de forma clara e com os recolhimentos necessários. Tenho muita sorte de trabalhar com as pessoas com quem trabalho, sem imposições bobas de nenhum dos lados.
Na divagação sobre essa importância do recolhimento, penso: será preciso outra pandemia para as pessoas conseguirem entender a necessidade de simplesmente conseguirem parar e se isolar, mesmo que por algumas horas?
Lembra quando o WhatsApp saiu do ar junto com o Instagram? Quem não acredita na interferência de uma força maior precisa considerar essa intervenção ocorrida para se ter um período de inação.
Se ouvir e então se “aguentar” dá muito mais trabalho que se adequar ao outro em uma relação. Ambas nos ensinam, claro. A diferença é que é possível enganar o outro mas jamais a si mesmo.
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