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A estreia de “Amor à Vida” traz para as manhãs do dia seguinte no escritório um assunto que vai incomodar mais homens que mulheres: seu marido pode ser gay |
Se o cara é heterossexual, ele não levanta
suspeita alguma sobre sua sexualidade. E ponto. O ponto é final. Ser gay – além
de curtir muito tudo o que é da Disney e de ser amigo da mulherada (toda) – é
ser o guru que oferece a resposta certeira para a pergunta: “O Beltrano é gay?”.
Na empresa, na família, entre amigos e com
os amigos dos amigos que acaba de conhecer. Todos querem fazer o tira-a-teima
sobre a sexualidade alheia comigo. Minha resposta é a frase que abre este texto.
E ponto.
A coisa toda por um lado é simples: se o
homem não é gay, pode se vestir como a Cher que não vai dar pinta. Por outro lado,
o bicho pega. E correndo ou ficando, o bicho, cedo ou tarde, come. Ou é comido.
A estreia de “Amor à Vida” com o personagem
Felix traz para as manhãs do dia seguinte no escritório um assunto que vai
incomodar mais homens que mulheres: seu marido pode ser gay.
Digo que será pior aos homens porque é
difícil esconder o jogo. “Fazer a linha” é manter a guarda o dia todo, todos os
dias. Não dá pra relaxar. Mas uma hora ele relaxa. E é aí que entra uma ferramenta chamada Tapadômetro, disponível para
todas as mulheres do mundo nas melhores lojas de Senso Crítico, usada para medir o quanto elas podem ser tapadas.
Interpretado por Mateus Solano, Felix é
casado, tem um filho, seu pai é médico, sua mãe – que o protege – é sua diva, e
sua esposa é linda, porém, tapada. O cara desmunheca, é irônico, não se apega ao senso comum, tem sacadas mega criativas, é vaidoso, entende de moda, um tanto
autosuficiente e... conhece gírias gays. A trama de Walcyr Carrasco está em seu
segundo capítulo e Felix já soltou pérolas do tipo “Deu a Elza no celular” –
que quer dizer roubar, meu ingênuo leitor; além de fitar outros caras de cima
embaixo.
Dois grandes lances já apresentados pelo
personagem são o tempo que ele passa no computador e sua capacidade de sedução.
É muito comum homens comprometidos com mulheres recorrerem à internet para sair
com outros, assim como conquistarem suas parceiras justamente por conhecer o
grau indicado no Tapadômetro da Fulana. Será mesmo que o que os olhos não vêem
o coração não sente?
Tudo indica que Felix é bissexual – e então
toda a complexidade da sexualidade humana. Não acredito em atração meio a meio
por sexos diferentes. “Tenho atração por homens e mulheres na mesma proporção”.
Tem nada! Sempre há uma preferência. O que acredito é que há bissexuais que não
tem o certo “bloqueio” para transar com ambos. E assim o personagem faz com sua
esposa, Edith.
A página “Moço, seu namorado é gay” no
Facebook coleciona mais de 45 mil fãs. Seu conteúdo reúne “toques” às mulheres
que não percebem os sinais de gloss essência de cereja nas bocas de seus príncipes encantados. Saber
coreografia de diva do pop, gostar de festas temáticas e saber fazer trança
estão entre as tiradas da fanpage.
Entre as minhas, anote: ser louco por
academia, postar autoretratos o tempo todo nas redes sociais, transar se olhando
no espelho, falar sobre cabelo, preferir coquetéis doces, conhecer todos os musicais, e, o indício infalível,
gostar de Sex and the City. É-gay-sim! Há muitos
homossexuais discretos, com os tais “jeito e cara de homem”, mas algo sempre
aparece.
Podemos dizer que há mulheres que realmente
sabem que seu parceiro é gay, mas se conformam por medo de ficarem sozinhas? Certa vez, fui a uma
festa de casamento em que o noivo estava mais “animada” que sua esposa. Bancou
o DJ e tocou tudo que era relacionado a Abba e Olivia Newton John. A coitada
ficou sozinha na pista.
É exagero afirmar que, em sua maioria, a
mulherada definitivamente não tem este tato para avaliar seu parceiro e então
quebra o Tapadômetro de tão cegas? Posso afirmar que não é.
Foto: Alexandre Belluno for - Kazaky Style- by Gustavo Paixao
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