Meus desejos de Natal

 


Por muito pouco não presenciei um acidente que seria horrível. Uma caminhonete enorme não parou no sinal e um motoqueiro de delivery vinha a mil por hora (como sempre). O carro só não pegou a moto porque estava ainda mais rápido que ela.

 

A três dias do Natal, tenho alguns desejos para mim que podem servir mesmo que como uma simples lembrancinha para você.

 

Neste Natal, quero de presente a tranquilidade de dirigir pelas ruas sem a pressa de um motoqueiro do iFood e que no meu dia a dia, de modo geral, essa ansiedade passe direto por mim, sem conseguir me atingir.

 

Desejo a humildade que muitos motoristas de carrões com suas marcas ou proporções não possuem. Nunca vi usar tanto a faixa exclusiva para Ônibus e quebrar outras regras de trânsito quanto os fofos que dirigem a tal da Toro e outros caminhõezinhos de potência que supostamente definem bem seus doninhos. Que eu esteja seguro indo ali, de leve, pela faixa direita mesmo, não importa o tempo que demore para chegar onde eu quero.

 

Desejo continuar tento mais a palavra Quero em vez de Preciso.

 

Que venha de presente a continuidade da flexibilidade para eu levar a vida. Que horários e agendas muitas vezes mentais não sejam maiores que o meu compromisso comigo.

 

Peço ao Papai Noel o entendimento para que eu possa realizar mais e elaborar menos. O último ano me mostrou o quanto às vezes eu penso sempre em algo muito maior do que precisa, seja na entrega de um trabalho, seja para o encontro com alguém que faço questão.

 

Desejo que as minhas reuniões diárias ou seguidas umas das outras no mesmo dia continuem sendo somente as que são exclusivamente comigo, com minha atividade física, minha leitura, meu cochilo em qualquer momento do dia em que eu sinta vontade de ficar ali deitado.

 

A gente já sabe, mas é sempre bom reforçar: poder ter a nossa paz nunca é demais.

 

Provocar uma risada sempre terá mais valor que oferecer dinheiro.

 

Se permitir errar com tranquilidade ensina muito mais que se acabar de estudar.

 

E manter nosso lado infantil será sempre o primeiro passo para solucionar as questões da vida adulta.

 

Tenho certeza que fui um bom menino este ano, simplesmente por eu ter me comprometido a ser um pouco melhor que no ano anterior. Na cartinha ao bom velhinho, aqui vai mais uma: que eu continue tendo o entendimento para seguir evoluindo.

 

E desejo que todos os seus pedidos também se realizem neste Natal.

 


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