Sempre ouvi sobre a despedida
que muitas vezes não acontece quando se trata do fim da vida, pois pessoas
morrem de repente, e, no último mês, vim pensando muito sobre as despedidas que
acontecem pouco a pouco até o fim de um relacionamento, mesmo que um dos dois
seja pego de surpresa com o pedido do término.
Na hora a gente não percebe,
mas teve aquele último beijo cheio de paixão que depois deu lugar ao beijo
preenchido pelo amor que, um dia, desapareceu depois de o outro dizer que a sua
barba o estava incomodando enquanto se beijavam. A mesma barba que sempre o
beijou.
Foi durante o s3xo que
aparentava perfeito que, de repente, o outro passou a ficar de olhos fechados
quase o tempo todo enquanto intercalava a cara de nada com a cara de
desconforto.
Momentos como esses são breves
despedidas de um beijo, uma tr4nsa que não vão mais existir, que simplesmente chegaram
aos seus fins.
E por mais que a gente perceba
a diferença e aconteça a conversa para tentar entender e salvar aquilo, o outro
muitas vezes vai dizer que “está tudo bem” ou que “não está em um bom dia”. Maus
momentos vão acontecer. A questão é quando os bons começam a não voltar.
São planos juntos que se tornam
“você que sabe”. A escolha de um prato no restaurante favorito respondida com
um “tanto faz”. A viagem dos sonhos carimbada com o selo de “negada por falta de
entusiasmo”.
Pouco a pouco, pequenas
despedidas levam ao fim de um relacionamento. E se isso acontecer com você, não
se torture porque muitas não podem ser contornadas. De repente, pode ser que o
outro comece a parar e não se pode fazer nada para reanimá-lo. É quando nos resta
deixá-lo ir e olharmos para tudo que ainda está por vir. Assim como alguém
morre.
(Algumas letras foram trocadas no texto por conta da política do Instagram)
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