Foi a primeira vez que tomei caipirinha de manga. Sensacional. Foi a primeira vez que me vi em uma foto que não gostei. Surreal.
Quanto ao drink, provei outros dois sabores exóticos e ainda fico com a de manga. Sobre a tal foto, provei para mim mesmo que nem sempre seus amigos vão te falar que você poderia emagrecer um pouco e, ainda assim, fico com eles.
Na imagem da turma na mesa, feita pelo garçom que atendeu a mais este pedido nosso, eu não tenho pescoço nem cintura. Minha cara tem a largura de três jarras de suco de laranja. Minha cabeça e meu tórax parecem duas bolas de sorvete em tamanhos menor e maior colocadas sobre um pequeno pote redondinho - que no caso seriam as minhas pernas.
Olhei a foto no celular e soltei: "Gente, olha o estado que eu tô! Como vocês não me falam que eu tô desse tamanho!?". Envie a mesma imagem com esse comentário para o grupo da minha família, assinado por um último texto que diz "Isso muda agora".
Este texto não é sobre peso, estética ou padrão de corpo. É sobre coisas que temos como importantes para a gente e que não tomamos iniciativa para que elas aconteçam, principalmente quando já temos o entendimento de que aquilo não nos faz bem.
Olha para cada coisa na sua vida e tenta ver o que, sinceramente, não foi você que causou.
Pausa para você fazer a sua varredura rsrs.
Eu tenho bebido igual o Mussum desde as festas de novembro e me exercitado só no vôlei, uma vez na semana. Resultado? Minha foto sentado ali parecendo um muffin empatumado, um bolinho Ana Maria colocado em pé sobre a cadeira hahahaha - eu escrevo e morro de rir, gente.
O que a gente faz quando não tem quem culpar pelas coisas que (não) vivemos?
Esta semana tive o meu primeiro dia livre depois de dois meses de compromissos to-dos-os-di-as. Agora, me conta: quem aceitou todos os convites e lotou a minha agenda?
rsrsrs
Se você está em um namoro ou casamento que não te oferece aquilo que você gostaria de viver, a culpa é sua. Não é culpa da "falta de opção aí fora" ou do jeito da outra pessoa.
Estar em um emprego em que você só reclama e só fica pelo dinheiro? A culpa é sua.
Quanta gente terceiriza a culpa em justificativas que não convencem nem a própria pessoa rsrs. "Não faço porque não tenho dinheiro". Quando o dinheiro vem, a pessoa não faz. "O problema é que estou sem tempo". O tempo livre chega e...
Nada.
Há dois anos, eu tive um término de relacionamento que me deixou muito pra baixo.
Vamos lá: quem permitiu que o relacionamento começasse? rsrs Quem aceitou ir morar junto? Se o outro terminou comigo, eu não tenho controle, mas quem ficou apegado àquilo insistindo em entender o motivo por meses?
Se hoje eu ainda tivesse dificuldade em acreditar em um novo namoro, a culpa não é da experiência que tive, da atitude do outro, mas da falta de iniciativa minha de mexer o doce para ajustar o que fosse preciso em mim.
A vitimização traz satisfação. Isso é cientificamente comprovado.
É sobre mim, mim, mim.
É sobre você, sim, sim, sim.
Como a gente lida com as coisas é culpa nossa.
Como você muda isso? Primeiro: se conhecendo. Só assim você descobre o que te faz bem ou não, o que quer ou não para você.
Segundo: desenvolvendo seu amor próprio (terapia, leituras e relações ultra sinceras com quem realmente te conhece podem ajudar). o amor próprio é a base de tudo para você saber o seu valor e assim ter a coragem que precisamos para viver com mais autenticidade e, consequentemente, dizer não e agir para mudar tudo o que não nos traz realização.
Agora eu pelo licença porque vou até o parque fazer uma caminhada.
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