Enquanto em viagem de carro na estrada sempre rola aquela dúvida de quando parar para abastecer, né? Faltava apenas uma marcação para então o tanque do entrar na reserva quando a minha amiga motorista perguntou se seria bom parar em um posto para abastecer ou tentar chegar à cidade sem a parada. Eu respondi que era melhor abastecer. Ela retrucou que não tinha posto algum em vista. Logo surgiu um posto, o qual eu apontei imediatamente. Ela retrucou que a bandeira (marca) do posto não era conhecida. Eu respondi: “bom, o sinal para abastecer está aí, se você quiser ignorar, tudo bem”.
Abastecemos, mesmo que não completando o tanque
por causa do receio sobre a procedência do combustível.
Esse é mais um exemplo de que a gente sempre (sempre
mesmo) recebe os sinais que precisamos. Especialmente quando estamos fazendo
merda e insistimos nela.
Chame de Deus, destino, universo, anjo da guarda, intuição ou cosmo, mas o fato é: o alerta sempre existe para te levar ao que é melhor para você. Seja em um relacionamento, emprego ou qualquer outro cenário pessoal.
Conheço bem de
perto um fofo que costumava tirar vantagem financeira de tudo e de todos que
podia. A cada “benefício” que ele se dava, vinha uma perda na velocidade de um pagamento em débito. Chegou a
um ponto que a coisa ficou tão óbvia que eu conseguia exemplificar vez a vez
para ele. “Você vendeu produto usado como sendo novo, viu que depois você
perdeu aquele dinheiro que estava na sua carteira? Você superfaturou o
churrasco que organizou para receber mais na divisão entre as pessoas, viu que
bateram no seu carro?”. E assim seguia. De tanto que experimentou e confirmou, diz que melhorou. Parece que realmente,
sim.
Falando de mim, a cada dois meses eu tinha dor
de garganta ou de ouvido. Quem me conhece nem se surpreendia mais. Agora se
surpreende por eu nunca mais ter tido uma infecção dessas. O que mudou não foi
alimentação, suplemento vitamínico ou reza: foi o meu jeito de engolir e de ouvir
as coisas.
Passei a ser uma pessoa mais empática ao ouvir
os outros e realmente entender os pontos de vistas em vez de impor a minha –
suposta – verdade. Ao mesmo tempo, deixei de me sujeitar a algumas coisas que
eram tóxicas e sem sentido, liberando minha garganta de engolir esse tipo de
situação. Por outro lado, com mais amor e boa intenção, passei a dizer tudo o
que é preciso para não acumular sentimentos ruins no canal que vem de dentro de
mim até a minha boca.
Sei de gente que fica pilhada por questões
financeiras e aí batem o carro com uma frequência surreal. O sinal? Desapega um
pouco disso, veja tudo de gostoso que você já tem e que nunca te faltou nada
(neste caso o motivo vem da infância e terapia ajudaria, mas o meu ponto é o sinal que segue voltando para que a gente mude nossos pensamentos, então nossos
sentimentos e, consequentemente nossas falas e atitudes).
Há outras que vira e mexe aparecem com alguma
doencinha de leve como alerta para o cuidado com a saúde e o amor próprio que
refletiriam na compaixão por quem está em volta. No nível mais hard do recado, doenças que assustam surgem
exatamente para nos causar o impacto devido: mostrar que não somos melhor do
que ninguém. É um caroço desconhecido na cabeça, a confirmação de um câncer,
uma paralisia, geralmente resultantes de sinais anteriores que foram ignorados.
Xeque mate.
Nós vivemos para sermos felizes, realizados,
amorosos e isso nada tem a ver com dinheiro ou status, mas com o conforto que
sentimos em nossa própria companhia, no silêncio dela, e no amor e compreensão com o jeito de ser do próximo.
Se algo te incomoda todos os dias é porque
aquilo precisa ser mudado – não porque você é azarado ou um coitado. Tudo o que
se repete é porque precisa ser transformado por meio de um aprendizado (inclusive o livramento de algumas situações das quais somos libertados). Sempre que o sinal vier, pergunte-se o que
você quer me dizer enquanto me coloca nessa situação? O que eu preciso
aprender? A resposta vai vir. Depois é com você e a sua coragem ou não para
escolher agir.
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